A PetraGold, uma empresa do mercado de capitais sediada no Rio de Janeiro, está sendo investigada pela Polícia Federal por supostos crimes financeiros e lavagem de dinheiro. Como informou o Radar Econômico, há indícios de que alguns assessores de investimento estavam envolvidos num esquema de pirâmide. Clientes da empresa relataram que têm enfrentado dificuldades para resgatar os valores investidos há anos.
Para incentivar a captação de investimento, a PetraGold criou um sistema de premiação peculiar. Para quem conseguisse atrair pelo menos cinco mil reais em investimentos, a empresa premiava com um balão cheio de dinheiro. A quantidade de dinheiro no balão aumentava de acordo com o valor captado. Aqueles que captavam de cinco a 50 mil reais tinham o direito de estourar um balão azul escuro, de 50 a 100 mil reais, um balão azul claro e, para captações de mais de 100 mil reais, a recompensa era um balão dourado.
Este clima festivo na empresa esmaeceu com decisão da 8ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro que bloqueou 300 milhões de reais em bens de Eduardo Monteiro Wanderley, proprietário da PetraGold, e outros envolvidos na investigação. A Polícia Federal também realizou uma busca e apreensão na casa de Wanderley.
Sob a gestão de Wanderley, a PetraGold investiu em espaços culturais e esportes, em um esforço para disseminar o nome da empresa. Compraram um teatro na região nobre do Leblon, que foi renomeado como Teatro PetraGold, e patrocinaram os museus de Arte Moderna (MAM) e de Arte do Rio (MAR).
Como resultado desta investigação da Polícia Federal, denominada Operação Lóris, executivos da empresa podem ser acusados de lavagem de dinheiro, gestão fraudulenta e emissão ilegal de debêntures. As penas podem chegar a 30 anos de prisão.
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