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Possível investigação de jornalista da Folha que divulgou áudio da campanha de Tarcísio

Fabiano Augusto Petean, promotor, pediu à Justiça Eleitoral para investigar um jornalista da Folha de S.Paulo que divulgou que um membro da equipe do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) ordenou a um cinegrafista para deletar um vídeo de um tiroteio ocorrido durante um evento de campanha.

Fabiano Augusto Petean, promotor, solicitou uma investigação contra um jornalista da Folha de S.Paulo que revelou que a equipe do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) instruiu um cinegrafista a apagar um vídeo de um tiroteio que ocorreu na localização de uma atividade de campanha durante as eleições de 2022. A informação foi publicada na Folha na última terça-feira.

Durante o segundo turno da eleição, um profissional da Jovem Pan filmou um tiroteio envolvendo a polícia em Paraisópolis, na zona oeste de São Paulo, resultando na morte de um homem enquanto Tarcísio fazia campanha no mesmo local. Um áudio divulgado pela Folha na época revela o momento em que um membro da equipe do atual governador orienta o cinegrafista a apagar as imagens. Conforme relatado por Marcos Andrade, o cinegrafista da JP, ele considerou a solicitação da segurança de Tarcísio 'muito estranha' e, portanto, não deletou o conteúdo capturado.

Junto ao inquérito sobre o homicídio, o caso foi trazido à Justiça Eleitoral para determinar se Tarcísio cometeu um crime previsto no artigo do Código Eleitoral relativo à divulgação de informações falsas 'capazes de exercer influência perante o eleitorado'. Havia uma suspeita de que o tiroteio em questão poderia ter sido simulado como um ataque ao então candidato.

Na última segunda-feira, o promotor eleitoral assinou um documento pedindo o arquivamento da investigação em relação a Tarcísio. O mesmo documento solicita a investigação dos jornalistas Artur Rodrigues, da Folha, e Joaquim de Carvalho, do site Brasil 247, sob a suspeita de 'feitura de matérias que contêm conteúdo inverídico'.

O promotor sugere interrogatórios com os diretores das reportagens que autorizaram a publicação das matérias. De acordo com o depoimento do cinegrafista no inquérito, ele nunca afirmou que o tiroteio em Paraisópolis fosse uma 'farsa da campanha eleitoral de Tarcísio', contrariando as insinuações do promotor. As reportagens da Folha também não faziam tal afirmação. Conforme informado pelo jornal, nem o repórter, nem a Folha receberam qualquer notificação a respeito.

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