BRASIL SAÚDE

Prefeitura do Rio está em negociações para aquisição de vacinas contra a dengue

A meta é adquirir 40 mil doses para serem utilizadas em um projeto em Guaratiba, um distrito na Zona Oeste do Rio

A prefeitura do Rio está em negociações para a compra de 40 mil doses da Qdenga, uma vacina contra a dengue produzida pela empresa farmacêutica japonesa Takeda. A vacina foi aprovada pela Anvisa este ano. De acordo com Daniel Soranz, secretário de Saúde, a intenção é utilizar o imunizante em um estudo a ser realizado no primeiro semestre de 2024 em Guaratiba, um distrito na Zona Oeste do Rio que registra uma alta incidência da doença.

Uma solicitação de autorização foi enviada à Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep) que faz parte do Conselho Nacional de Saúde (CNS). 'Essa é uma vacina que já foi aprovada pela Anvisa, mas ainda não foi testada em larga escala na população brasileira. Solicitamos apoio do Ministério da Saúde para este processo, tal como fizemos com a Covid (em Paquetá e no Complexo da Maré). Estamos aguardando as últimas aprovações para iniciar a pesquisa', diz Soranz.

O custo da aquisição do imunizante é de aproximadamente 7 milhões de reais e o estudo amplo é planejado para incluir moradores de Guaratiba de 19 a 49 anos. Este ano, o Rio apresentou o maior número de casos de dengue desde 2016, com 20 mil casos registrados até o início de dezembro. A Área Programática 5.2, que inclui os bairros de Campo Grande e Guaratiba, apresentou o maior índice da doença com 5.218 diagnósticos.

A situação torna-se ainda mais preocupante com a confirmação do primeiro caso de dengue tipo 4 no Rio em quatro anos. A paciente é uma mulher de 45 anos que está sendo tratada em casa. Para Soranz, a situação é alarmante e o Rio tem chances de enfrentar uma epidemia de dengue. 'Claramente corremos o risco de uma epidemia. É crucial que todos estejam atentos para eliminar os focos de mosquito. Quando visitamos casas com três pacientes de dengue, encontramos focos do Aedes aegypti em duas delas. Portanto, com a nova variante e o novo subtipo, a chance de um aumento ainda maior de casos é muito alta.', alerta.

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