No segundo dia do Primavera Sound, realizado no último domingo (3), a banda Bad Religion recebeu uma calorosa recepção. A maioria dos espectadores exibia camisetas com o nome da banda, sinal evidente da adoração por essas lendas do punk. A agitada 'The Defense', lançada em 2002, levantou a plateia quando a banda subiu ao palco para o penúltimo show da noite.
A performance de Greg Gaffin, o vocalista carismático da banda, com seus óculos presos à parte de trás da cabeça, ganhou força ao ser acompanhada por um público que sabia cada letra de cor. Embora tímida, a clássica roda punk se formou durante a performance de 'Anesthesia'.
'Infected' e 'My sanity' do último álbum da banda lançado em 2019, também fizeram parte do setlist, e mantiveram a energia em alto volume. A tocante 'Beyond the electric dreams' soou fresca e atual, mesmo tendo mais de 20 anos. O perfeito entrosamento da banda, evidenciado, por exemplo, no belo harmonização vocal em 'No control', foi um dos destaques da noite.
Mesmo mantendo seu som pesado característico, o grupo soube se conectar com o público, especialmente na canção '21st century (Digital boy)', onde o solo de guitarra mais longo foi acompanhado por uma maré de smartphones registrando o momento, uma cena típica da era digital em que vivemos.
Antes de encerrar o show, Greg expressou seu apreço pela cidade dizendo que 'São Paulo nunca desaponta' e agradeceu o carinho da plateia. A apresentação terminou com uma apresentação de 'American Jesus', um dos maiores sucessos do grupo, deixando claro o poder de atração da banda que em breve dividiria o palco com The Cure, outra lenda do rock.
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