BRASIL POLÍTICA

PTB deseja se reviver, inspirado em Vargas, Goulart e Brizola, distante de Roberto Jefferson

O partido, anteriormente dirigido pelo ex-deputado e consolidado com o Patriota, agora busca seguir os moldes de ex-líderes como Getúlio Vargas, João Goulart e Leonel Brizola.

O PTB anseia por um renascimento. Depois de ser dissolvido devido à união com o partido Patriota, há menos de um mês, agora o partido busca sua recriação. O novo PTB tem planos para abrigar os brizolistas que querem que o partido retorne às suas origens, quando hospedava os ex-presidentes Getúlio Vargas e João Goulart, além de Leonel Brizola, o ex-governador do Rio de Janeiro e do Rio Grande do Sul.

Anteriormente, o PTB tinha como líder o ex-deputado conservador Roberto Jefferson, agora preso desde outubro de 2022, após atirar e lançar granadas contra oficiais federais que chegaram para uma operação em sua residência. O partido também tinha entre seus membros partidários do ex-presidente Jair Bolsonaro, como o policial reformado Fabrício Queiroz e o ex-deputado Daniel Silveira. Agora, o partido planeja uma guinada brusca à esquerda.

Na última sexta-feira, o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) deu luz verde aos brizolistas para que começassem a coletar assinaturas para reinventar o PTB. O partido já aparece na lista do TSE como um partido em formação e precisa cumular 500 mil assinaturas em dois anos.

O PTB se fundiu com os Patriotas, formando o PRD (Partido da Renovação Democrática). A fusão, autorizada no início deste mês pelo TSE, foi a estratégia que esses partidos acharam para contornar a cláusula de barreira, pois nenhum deles teve bom desempenho na câmara dos deputados para assegurar acesso aos fundos partidário e eleitoral.

A frente da recriação da sigla está o ex-deputado constituinte Vivaldo Barbosa, que foi secretário de Justiça de Brizola durante seu primeiro mandato como executivo do Rio em 1983. De acordo com Barbosa, a intenção é de que o PTB volte a ser um partido trabalhista.

O PTB foi originalmente fundado em 1945 por Getúlio Vargas e extinto durante o regime militar. Com o fim do regime, em 1980 o partido foi refundado por Ivete Vargas, sobrinha-neta do ex-presidente. Houve uma disputa legal entre ela e Brizola pelo controle do partido, e na época o TSE concedeu a vitória a Ivete por achar que ela registrou o partido antes do gaúcho.

Agora, os membros do partido já têm um novo estatuto para o PTB, que prevê que a sigla retomará suas cores originais e incluirá três listras verticais com o nome do partido no centro. O estatuto também estabelece que o novo PTB irá inspirar-se nos princípios da democracia, do trabalhismo, do nacionalismo, do socialismo e no desempenho republicano.

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