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Senadora Damares Alves internada em Brasília por paralisia facial devido à herpes-zóster

Ex-ministra do governo Bolsonaro foi hospitalizada no DF Star, onde deve permanecer por alguns dias para realização de exames, conforme assessoria

Damares Alves, ex-ministra de Jair Bolsonaro e atual senadora, foi hospitalizada em Brasília na manhã de quinta-feira. Segundo a assessoria da parlamentar, Damares sofreu uma recaída do vírus varicela zoster, causador da herpes zoster, também conhecida como cobreiro, e da catapora. A assessoria informou que ela está clinicamente bem e será submetida a uma série de testes.

A senadora está internada no hospital DF Star e deve ficar lá pelos próximos dias. Ela teve uma paralisia facial. Ela tem enfrentado o vírus nos últimos nove meses. Em suas redes sociais, ela explicou o motivo de ser vista andando pelos corredores do Senado Federal usando uma máscara.

“Minha infecção ocorreu no ouvido, caso raro, e causou uma paralisia facial. Fiquei internada alguns dias. Estou bem e trabalhando, mas não preciso explicar o quanto é constrangedor para uma mulher passar por isso. Faço tratamento para amenizar a situação”, afirmou Damares em março.

O vírus varicela-zóster, causador da doença, é o mesmo da catapora. Esse vírus pode ficar 'adormecido' em algumas partes do corpo, como gânglios e nervos, e pode 'despertar' anos depois. Cerca de 30% das pessoas que tiveram catapora reativam o vírus. Fatores que diminuem a imunidade podem facilitar a reativação do vírus e desencadear a doença, como estresse intenso, câncer, HIV, Covid-19 e outras infecções.

Em geral, os sintomas desaparecem dentro de dias. No entanto, em alguns casos, as condições podem piorar, afetando a visão e a saúde mental. As complicações podem incluir disseminação do vírus pelo corpo, comprometimento dos movimentos, paralisia dos nervos cranianos, meningite, úlcera, hepatite e acidente vascular cerebral.

Na maioria das vezes, o vírus é ativado pelo sistema devido à baixa imunidade do corpo. Isso pode ser causado por estresse, infecções virais, idade avançada, doenças crônicas como diabetes e o uso de certos medicamentos, como quimioterapêuticos, corticóides e imunossupressores.

Uma vez reativado, o vírus pode causar uma inflamação que resulta em uma erupção na pele com pequenas bolhas (vesículas) agrupadas, que podem causar fortes dores, um dos sintomas mais temidos da doença. Essa dor pode persistir mesmo após a recuperação das erupções cutâneas e se tornar crônica.

Uma maneira de prevenir um caso mais grave é ficar atento aos primeiros sintomas, que são justamente o aparecimento dessas erupções na pele seguidas por febre, fadiga, dores corporais e formigamento. A recuperação total ocorre dentro de 2 a 4 semanas, quando não há complicações.

É importante lembrar que a doença é contagiosa apenas entre pessoas que nunca tiveram catapora e entram em contato com o conteúdo das vesículas de herpes-zóster. Nesse caso, a pessoa contrairá catapora, não herpes-zóster. O contágio ocorre através do líquido das bolhas na pele ou por objetos contaminados pelo vírus. Se a pessoa nunca teve essa infecção ou não foi vacinada e teve contato direto com as lesões na pele, o risco de transmissão é maior.

Além da medicação, como analgésicos e antivirais, que podem ser prescritos para aliviar a dor, reduzir a duração das lesões e prevenir complicações, também existem vacinas contra a doença. No último ano, um novo imunizante contra o herpes-zóster da GSK chegou ao Brasil, destinado a pessoas com mais de 50 anos e imunossuprimidos. É feito a partir da proteína do vírus (não vivo) e administrado em duas doses. Existe também uma vacina do fabricante MSD, para pessoas com mais de 50 anos. É feita com o vírus vivo atenuado da varicela-zóster e administrada em uma única dose.

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