Patricia Sosa, uma aposentada que vive em Villa Crespo, Buenos Aires, ficou surpresa com o aumento acentuado dos preços logo após a vitória eleitoral de Javier Milei. Ela teve que gastar 30% a mais do que esperava durante uma viagem ao supermercado. Ainda assim, Patricia mantém a esperança de que o governo Milei poderá trazer a tão necessária estabilidade para a economia argentina turbulenta.
A elevação de Milei à presidência já está causando nervosismo e incerteza, já que os preços dos itens básicos continuam subindo a um ritmo alarmante desde o fim das eleições. Isso tem causado sentimentos mistos entre a população argentina. Enquanto os mais ricos estão comemorando, os mais pobres estão ansiosos e incertos sobre o futuro.
De acordo com a consultoria Eco Go, houve um aumento de 8% na inflação imediatamente após as eleições. A inflação continua disparando e espera-se que continue sua tendência ascendente. Isso é resultado tanto da vitória de Milei quanto das estratégias econômicas variantes implementadas pela Argentina.
O economista Samuel Pessôa aponta que a alta inflação é em grande parte resultado das ações tomadas pelo governo atual durante o período eleitoral, particularmente as políticas de Sergio Massa, o ministro da Economia do país. Algumas de suas estratégias incluíam benefícios para exportadores e isenções fiscais que aumentaram a circulação monetária.
Além disso, a escassez de reservas de dólares da Argentina, que é essencial para a importação de bens e serviços, está inserindo uma pressão adicional sobre a economia. Isso levou a aumentos nos preços das commodities, que por sua vez está afetando os consumidores.
O novo presidente Milei terá que enfrentar esses desafios à medida que avança em seu mandato. Como ele planeja fazer isso ainda está para ser visto. Mas uma coisa é certa: a economia argentina - e o bem-estar de seus cidadãos - está em jogo.
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