A Suprema Corte do Reino Unido comunicou que revisará o último recurso apresentado contra a extradição do fundador do WikiLeaks, Julian Assange, para os Estados Unidos. A decisão foi anunciada pelo próprio WikiLeaks e pela esposa de Assange, Stella Assange, nesta terça-feira (19.dez.2023).
Este julgamento de dois dias pode ser a última oportunidade para Assange evitar sua extradição, como declarado no comunicado. Está previsto que partidários de Assange deverão realizar manifestações em frente ao tribunal durante os dias das sessões.
O comunicado também enfatizou que dois juízes britânicos avaliarão se Assange terá o direito de apresentar outros recursos relacionados ao caso em tribunais do Reino Unido, caso o último pedido seja rejeitado. A última alternativa seria recorrer ao Tribunal Europeu dos Direitos Humanos.
As audiências de fevereiro irão rever um veredicto anterior emitido pela Suprema Corte do Reino Unido em 6 de junho, que negou o recurso contra a ordem de extradição. Caso seja extraditado para os Estados Unidos, Assange enfrenta 18 acusações de espionagem e poderia ser condenado a até 175 anos de prisão.
Assange, 52 anos, é o fundador do site WikiLeaks, que começou a vazar informações confidenciais sobre os EUA em 2010. Estima-se que o número de documentos vazados totalize 700 mil, incluindo dados sobre as guerras no Afeganistão e Iraque, e informações diplomáticas e militares. Assange foi preso em Londres em 2019, após passar sete anos refugiado na embaixada do Equador para evitar ser extraditado para a Suécia, onde era acusado por dois casos de estupro. O caso foi posteriormente arquivado e Assange está detido em Belmarsh, uma prisão de alta segurança, desde então.
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