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Apoiadores abandonam CPI contra Padre Júlio Lancellotti

Dez vereadores retiram suas assinaturas do pedido de CPI contra Padre Júlio Lancellotti, alegando terem sido enganados sobre o objetivo da investigação

A proposta de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara Municipal de São Paulo contra o padre Júlio Lancellotti perde a força, com dez vereadores retirando suas assinaturas do pedido. Entre os parlamentares que desistiram do apoio estão Gilson Barreto (PSDB) e Xexéu Tripoli (PSDB).

Barreto, que inicialmente apoiava a investigação, declarou nas redes sociais, nesta quarta-feira (10), que a CPI deixou de ter sua finalidade após o relator Rubinho Nunes (União Brasil) dizer que o principal alvo da investigação são as atividades do Padre Júlio. Segundo ele, a CPI deixou de zelar pelo dinheiro público para focar nas ações do religioso, que não possui vínculo, convênio ou recebimento de verbas públicas.

Tripoli compartilhou da mesma fala de Barreto ao retirar seu apoio à CPI. O vereador ainda expressou revolta em investigar o trabalho humanitário do padre, que considera exemplar, e condenou a perseguição política aos líderes religiosos.

Nunes, relator da CPI, fez diversas ofensas e discursos de ódio contra Padre Júlio em suas redes sociais. Ele alega que o religioso e as ONGs auxiliadas por ele devem ser investigadas, acusando-os de mau uso de recursos públicos.

Com a retirada das assinaturas, a CPI perde sua validade. No entanto, a Câmara Municipal de São Paulo esclarece que a retirada de assinaturas pelos vereadores é apenas simbólica e que o próximo passo para a instalação da comissão é a avaliação no Colégio de Líderes. Mesmo com a continua perda de apoio, serão necessárias duas votações para que a CPI das ONGs seja aprovada.

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