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General adiou detenções em território militar para assegurar evasão de ‘kids pretos’, alega Chico Teixeira

Especialista da Escola de Comando e Estado-Maior do Exército examina ações tomadas pelas forças armadas durante tentativa de golpe contra o presidente Lula

O renomado historiador Chico Teixeira, professor emérito da Escola de Comando e Estado-Maior do Exército, UFRJ e UFJF, durante entrevista ao programa Fórum Café, falou sobre o envolvimento das Forças Armadas no episódio ocorrido em 8 de janeiro.

Conhecido por seus estudos sobre ciências militares, Teixeira concede entrevista, um ano após os eventos do 8 de janeiro, onde argumenta que houve participação militar na tentativa de golpe contra Lula.

Teixeira destaca que, entre as pessoas que participaram do quebra-quebra em Brasília, estavam muitos integrantes das Forças Armadas, conhecidos como 'kids pretos', o que sugere uma ação direta desses militares. A Polícia Federal também indica a participação deles, embora o Exército Brasileiro a negue.

Foi identificado entre os participantes do evento golpista e membro do grupo de 'kids pretos' o general da Reserva Ridauto Lúcio Fernandes, atualmente investigado pela Operação Lesa Pátria.

De acordo com Teixeira, quando a ordem de prisão para esses indivíduos foi dada pelo secretário executivo do MJ, Ricardo Capelli, o então comandante do Exército, General Arruda, obstruiu a ação da PF por meio de ameaças diretas, dando aos 'kids pretos' a oportunidade de se refugiarem em um acampamento armado.

Teixeira argumenta ainda que o Comandante do Exército recorreu ao General Gonçalves Dias e José Múcio Monteiro para pedir a Lula que adiasse as prisões, proporcionando tempo para fuga.

Chico reforça que ainda há ações militares nesse evento a serem esclarecidas, apontando a postura do General Arruda e do Coronel Fernandes da Hora como ilegais. Ambos teriam deixado de atuar quando poderiam ter prevenido o vandalismo e a invasão naquele dia.

Após um ano, os militares ainda mantêm poder dentro do governo e do Congresso Nacional, poucos investigados pelo ocorrido no dia 8 de janeiro.

A entrevista completa com Chico Teixeira pode ser conferida no programa Fórum Café.

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