O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Paraná agendou para dia 19 de fevereiro o início do julgamento que ameaça cassar o mandato do senador Sergio Moro (União Brasil-PR). O político é acusado de abuso de poder econômico durante a pré-campanha eleitoral de 2022. É possível que o julgamento seja estendido, com chances de ser solicitado um pedido de vista.
Serão seis desembargadores responsáveis pelo julgamento. Em caso de um impasse com três votos a três, o presidente tem direito ao voto de desempate. O presidente Lula tem o poder de nomear um desembargador para o julgamento. O advogado José Rodrigo Sade é o mais provável para esta indicação.
Em depoimento ao TRE-PR em dezembro, Moro alegou que não se beneficiou eleitoralmente e rechaçou a acusação de desequilíbrio eleitoral decorrente da pré-campanha irregular ao cargo de presidente. Ele reforçou em entrevista após o depoimento, que todos os gastos de sua campanha foram legais e devidamente declarados à Justiça Eleitoral.
O senador é o alvo de duas Ações de Investigação Judicial Eleitoral (AIJEs) que apontam abuso de poder econômico, caixa dois e uso indevido de meios de comunicação social durante a pré-campanha de 2022. Esses processos pedem também a cassação do mandato do senador Moro.
Ambas as ações foram protocoladas por duas frentes políticas nacionais opostas. A primeira pelo Partido Liberal (PL), de base bolsonarista, e a outra pela Federação Brasil da Esperança - FÉ BRASIL (PT/PCdoB/PV), base que elegeu o governo Lula. As ações foram registradas em novembro e dezembro de 2022.
Por fim, Sergio Moro se defendeu das acusações alegando a ausência de provas de que ele utilizou a pré-candidatura presidencial para obter visibilidade. Afirmou também, que já era uma figura amplamente conhecida, não precisava de tal estratégia.
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