Júbilo, simplicidade e amor à seleção. Estas foram as palavras mais frequentes entre os presentes no velório de Mário Jorge Lobo Zagallo, campeão do mundo quatro vezes. Familiares, ex-jogadores, comentaristas esportivos, líderes de clubes e muitos fãs se reuniram na sede da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), localizada na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, para prestar suas últimas homenagens a uma das personalidades mais reverenciadas no futebol brasileiro e internacional.
O local do velório estava repleto de imagens que retratavam a notável carreira de Zagallo, além de dezenas de coroas de flores decorando o ambiente. A presença de Zagallo foi sentida através dos muitos troféus e taças que ele ajudou a conquistar.
Paulo Zagallo, filho do Velho Lobo, expressou sua gratidão pelo carinho recebido no Brasil e em outros países. Ele mencionou como seu pai sempre foi presente e reunia a família para almoços aos domingos, eventos nos quais evitavam falar sobre futebol e concentravam-se em assuntos familiares.
Paulo também relembrou como seu pai tinha um carisma enorme com os atletas: “Todos os atletas gostavam muito do meu pai, da maneira dele se dirigir aos atletas, de conduzir um grupo até mesmo de atletas de várias estrelas não só na seleção como em clubes. Meu pai dava liberdade aos jogadores, de falar, de opinar. Ele conversava a parte tática do time juntamente com os atletas”, disse ele.
Em seus últimos dias, Zagallo estava vivendo com seu outro filho, Mário Cesar Zagallo, e, de acordo com Paulo, seu pai estava perfeitamente lúcido. “Foi da vontade de Deus ele descansar”.
Ednaldo Rodrigues, presidente da CBF, presenteou a família com réplicas das taças das Copas do Mundo nas quais Zagallo participou, seja como jogador ou técnico. Rodrigues realçou o carinho que Zagallo demonstrava pela seleção e afirmou que isto deve servir de inspiração para atletas da nova geração.
Ex-jogadores e líderes de clubes prestaram homenagens e compartilharam memórias carinhosas que tiveram com o treinador. Mauro Silva, ex-jogador da seleção brasileira e vice-presidente da Federação Paulista de Futebol, rememorou como Zagallo deixou um legado que vai além dos gramados e da parte técnica, deixando alegria e carisma.
Outros ex-jogadores, como Mazinho, enfatizaram como foram beneficiados por conhecer e trabalhar com Zagallo. Ele relembrou que o acolhimento fez toda a diferença em sua carreira.
Leandro Ávila, que jogou pelo Flamengo sob o comando de Zagallo, destacou a simplicidade do treinador e a maneira emotiva como ele lidava com o jogo.
O presidente do Fluminense, Mário Bittencourt, lembrou o momento mais marcante de Zagallo durante a Copa de 98. Segundo ele, a imagem de Zagallo acreditando no resultado deixa uma marca importante.
Finalmente, Durcesio Mello, presidente do Botafogo, relembrou que Zagallo foi um dos motivos pelos quais se tornou torcedor do time. Ele enfatizou a importância de Zagallo para o clube e como ele será profundamente lembrado pelos fãs.
Deixe um Comentário!