O presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva e seus aliados, se mobilizaram em defesa ao padre Julio Lancellotti. A reação veio após a iniciativa do vereador Rubinho Nunes (União Brasil), que protocolou uma proposta de CPI na Câmara Municipal de São Paulo com o objetivo de avaliar a atuação de ONGs na Cracolândia, colocando Lancellotti no foco. A instalação da comissão aguarda aprovação no plenário.
Alexandre Padilha, ministro das Relações Institucionais, postou em sua conta no X (ex-Twitter) afirmando ser 'inacreditável' a sugestão de uma CPI contra o padre e acusa a iniciativa de se tratar de perseguição a defensores da justiça social, pois, segundo Padilha, Lancellotti tem fama internacional por suas ações caritativas.
O senador Humberto Costa (PT-PE) mostrou solidariedade ao padre. Ele afirma que Lancellotti é perseguido politicamente e o qualifica como um dos grandes defensores da justiça social brasileira.
No mesmo tom, a deputada federal e pré-candidata à prefeitura paulistana, Tabata Amaral (PSB-SP), menciona a importância do trabalho sério e de impacto social desenvolvido por Lancellotti. Ela classifica a CPI como oportunista e inapropriada, e defende que essa não seria a forma correta de enfrentar a questão da Cracolândia.
Conhecido por sua assistência prestada às pessoas em situação de vulnerabilidade nas ruas, o padre de 75 anos atua na Pastoral do Povo de Rua da Arquidiocese de São Paulo. Formado em pedagogia pela Faculdade Oswaldo Cruz e como auxiliar de enfermagem na Santa Casa de Misericórdia de Bragança Paulista. Em 2021, Lancellotti venceu o Prêmio Zilda Arns, entregue pela Câmara de Deputados, em reconhecimento à contribuição de indivíduos para os direitos dos idosos.
No mês de setembro, o padre foi homenageado com a Ordem do Mérito do Ministério da Justiça e Segurança Pública, recebendo a condecoração no grau de Grã-Cruz. O mérito reconhece a atuação na defesa dos direitos humanos e das pessoas em situação de rua. A honraria foi concedida por meio de decreto do presidente Lula, que elegeu Lancellotti como 'homem de Deus, que representa os valores de Cristo', na ocasião do dia 11 de dezembro.
Outros grupos e indivíduos também manifestaram apoio público ao padre Lancellotti.
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