O chefe de Estado, Luiz Inácio Lula da Silva salientou nesta terça-feira (9.jan.2023) que os entraves que assolam a etnia yanomami serão tratados como questão de prioridade nacional. Asseverou ainda que o poder executivo vigorará “todo o poder da máquina pública” em defesa e proteção dos povos indígenas brasileiros.
“Temos que amplificar nossos esforços. Necessitamos fazer uso integral do poder que a máquina pública dispõe, pois não podemos perder a batalha contra o garimpo ilegal e a exploração madeireira, que operam contrariamente à lei”, pontuou.
O Presidente Lula encontra-se em reunião com 13 ministros para dar andamento às políticas públicas voltadas aos indígenas e avaliar a situação atual dos mesmos.
“Possuímos territórios indígenas demarcados, que precisam ser preservados e protegidos. Esta reunião buscará identificar e definir as ações do nosso governo para evitar que os indígenas brasileiros continuem sendo vítimas de massacres, vandalismo, incursões garimpeiras e invasões em áreas preservadas, que são legítimas propriedades indígenas e que não podem ser violadas”, afirmou.
De janeiro a novembro de 2023, foram registradas 308 mortes de Yanomami. Esse número se aproxima ao total de mortes registradas no ano de 2022, quando a etnia contabilizou 315 mortes. Esses dados foram fornecidos pelo Ministério da Saúde até 30.nov.2023.
Em seu discruso, o presidente Lula rememorou a viagem que realizou a uma aldeia Yanomami, em Boa Vista (RR), em janeiro de 2023. Na ocasião declarou algumas medidas urgentes para controlar uma crise sanitária que afetou duramente os indígenas. Admitiu que desconhecia a situação “desumana” em que os Yanomami estavam sendo tratados.
“Logo após nossa posse em 2023, conduzimos uma reunião, seguida de uma visita à Roraima, para discutir sobre a situação precária a que estavam sendo submetidos os Yanomami. Agora, um ano após essa reunião, estamos reunidos novamente para avaliar se conseguimos implementar com sucesso as políticas decididas”, disse.
A reunião se deu a portas fechadas, sendo divulgada à imprensa apenas a declaração inicial do presidente. Além de Lula, diversos ministros participam do encontro.
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