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Nikolas manipula informações e espalha fake news de que “Domingos Brazão é do PT”

O deputado, conhecido por suas falsas notícias, abusa de sua imunidade parlamentar desinformando em suas redes que o possível mandante do assassinato de Marielle Franco é filiado ao Partido dos Trabalhadores.

Depois do relato do assassino Ronnie Lessa, que apontou Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro e ex-deputado estadual, como o suposto mandante da execução da vereadora Marielle Franco em março de 2018, o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG), conhecido extremista e propagador de fake news, começou a divulgar em suas redes sociais oficiais uma nova mentira: Domingos Brazão seria filiado ao PT. Nikolas Ferreira, pertencente à extrema direita e réu por expor em vídeo uma menor de idade trans em um banheiro escolar, fez três postagens na rede social Twitter afirmando categoricamente que Brazão é do PT.

Brazão, suspeito de ser o cérebro por trás do assassinato, na verdade era filiado ao MDB e estava ligado a grupos de milicianos do Rio de Janeiro, que são explicitamente ligados à extrema direita e aos setores bolsonaristas da política. Para além disso, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) concedeu passaportes diplomáticos para familiares de Brazão em 2019.

Nikolas começou sua campanha de desinformação tweetando: “Encontrado o mandante da morte da Marielle - um petista - ainda resta saber quem mandou matar Bolsonaro”, e depois questionou: “Por que um petista mandou matar Marielle?”. Num terceiro tweet, Nikolas repete novamente a mentira: “Segundo delação, o mandante da morte da Marielle é o petista Domingos Brazão”.

Os seguidores de Nikolas, na tentativa de espalhar a versão absurda sobre a filiação partidária de Domingos Brazão, alegam que o conselheiro do TCE-RJ apoiou Dilma em suas eleições. Brazão era do MDB, mesmo partido do ex-governador Sérgio Cabral, e Michel Temer, vice-presidente na chapa de Dilma, era deste partido. Isso apenas ilustra o absurdo da insinuação de Nikolas, pois o vice-presidente de Lula, José Alencar, era do PL, o atual partido de Jair Bolsonaro, entre 2002 e 2005, durante o primeiro mandato de Lula.

Foi solicitado um posicionamento do Partido dos Trabalhadores a respeito da conduta contraproducente de Nikolas, além de saber se a legenda tomará medidas judiciais contra o deputado de extrema direita, mas até o momento não houve retorno.

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