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Nobel da Paz sentencia à prisão em Bangladesh por infringir leis trabalhistas

Muhammad Yunus e outros três parceiros de negócio da Grameen Telecom foram condenados a seis meses de detenção por não estabelecerem um fundo de assistência aos funcionários da empresa. As partes têm o direito de apelar em liberdade.

Muhammad Yunus, agraciado com o Prêmio Nobel da Paz em 2006, foi condenado nesta segunda-feira (01.01.2024) a uma pena de seis meses de reclusão por violações à legislação laboral em Bangladesh.

Yunus, juntamente com três colegas de negócios da Grameen Telecom, foram considerados culpados por se omitirem na criação de um fundo assistencial para os empregados da companhia. Os quatro têm permissão para apelar da sentença em liberdade, conforme informações do jornal britânico The Guardian.

Defensores e o advogado de Yunus sustentam que as ações judiciais são uma represália política, uma vez que Yunus demonstrou pretensões de formar um partido político opositor. Sheikh Hasina, atual Primeira-Ministra de Bangladesh, chegou a declarar que o líder empresarial 'suga o sangue dos pobres'.

Após a sentença, Yunus declarou à imprensa: 'Fui condenado por um delito que não cometi. Se quiserem denominar isso como justiça, sintam-se à vontade'.

Com 83 anos de idade, Yunus foi laureado com o Nobel da Paz em 2006 por seu trabalho dedicado a tirar milhões de indivíduos da penúria, através da concessão de pequenos empréstimos, inferiores a 100 dólares, à população rural pobre de Bangladesh. Seu feito deu origem a um movimento global conhecido como microcrédito.

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