O ano pode estar começando com o recesso do Judiciário e do Legislativo, mas isso não significa que a política esteja adormecida. Pelo contrário, o cenário político em 2024 promete ser agitado. Dentre os eventos mais aguardados deste início de ano, destaca-se o julgamento do senador Sergio Moro (União Brasil-PR), agendado para voltar à pauta do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-PR) no final deste mês.
É importante lembrar que o ex-juiz federal da Lava-Jato prestou depoimento à Justiça Eleitoral no último mês do ano anterior. As diligências serão retomadas no dia 8, assim que o recesso terminar, com expectativa de que o processo siga em seguida para o plenário.
Moro enfrenta acusações de abuso de poder político e econômico durante a campanha eleitoral de 2022. O motivo central da acusação se baseia nos recursos de campanha usados por Moro, já que o político iniciou sua pré-campanha pela Presidência pelo Podemos, mas no decorrer do processo trocou de partido e direcionou sua candidatura para o Senado Federal pelo União Brasil.
Em razão dessas mudanças, o PT e o PL apresentaram ações judiciais paralelas alegando que o senador obteve vantagens financeiras e extrapolou os limites de gastos de campanha. Ainda em dezembro, o Ministério Público Federal (MPF) emitiu parecer favorável à cassação do mandato de Moro.
Além destes acontecimentos, em seis dias completará um ano dos ataques antidemocráticos acontecidos no dia 8 de janeiro. Nessa data, o presidente Lula (PT) pretende realizar um evento para 'lembrar o povo que houve uma tentativa de golpe, que foi debelada pela democracia deste país'. Este evento contará com a presença de governadores, parlamentares e empresários.
Como já informado por fontes independentes, o ministro da Justiça Flávio Dino permanecerá em seu cargo até a ocasião desse evento. Dino, que foi designado para o Supremo Tribunal Federal (STF), deverá assumir seu novo cargo em fevereiro. Contudo, seu substituto deverá ser anunciado logo após sua saída, sendo Ricardo Lewandowski, ex-ministro do STF, um dos favoritos para preencher essa posição.
Após desentendimentos quase chegaram a confronto físico em 2023, os irmãos Gomes devem finalmente se separar no campo político no início de fevereiro. O senador Cid Gomes (PDT) planeja unir-se ao PSB, deixando para trás o PDT. Esse atrito entre Cid e seu irmão Ciro começou em 2022, quando Cid quis apoiar Elmano de Freitas (PT), o então candidato ao governo do Ceará e atual governador. À época, Ciro insistiu em apoiar Roberto Cláudio, ex-prefeito de Fortaleza, que acabou em terceiro na disputa.
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