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Redução de 51% na violência contra jornalistas sem Bolsonaro, mas números ainda são preocupantes

O relatório 'Violência Contra Jornalistas e Liberdade de Imprensa no Brasil', publicado pela Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), revela uma queda significativa nos casos de violência contra jornalistas em 2023.

Depois de ter enfrentado uma escalada de violência contra jornalistas durante os quatro anos do governo Bolsonaro, 2023 viu uma redução de 51,86% nos casos, de acordo com o relatório publicado pela Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj). O total de casos registados foi de 181, uma queda considerável em relação aos 376 de 2022.

No entanto, a Fenaj alerta que os números continuam preocupantes, muito devido ao legado de ataques à imprensa incentivados pelo governo anterior. Samira de Castro, presidenta da Fenaj, destaca a persistente agressão aos jornalistas e um eventual crescimento significativo de algumas formas de violência em 2023.

Castro pontua que Bolsonaro foi o principal agressor durante o seu mandato, atacando pessoalmente a imprensa e incitando seus apoiadores a fazerem o mesmo. Bolsonaro lançou 570 ataques à mídia e a jornalistas entre 2019 e 2022, média de 142,5 ataques por ano.

O relatório Fenaj enfatiza a influência positiva da democracia na liberdade de imprensa. A redução da violência institucionalizada contra jornalistas observada durante o mandato de Bolsonaro resultou em uma diminuição significativa dos ataques impessoais e generalizados a veículos de mídia. Essa diminuição foi de 91,95% em relação ao ano anterior.

Apesar de tudo, uma categoria de violência chama a atenção da Fenaj, o cerceamento da atividade jornalística, que sofreu um aumento de 92,31%. Isso se refere a atos como ações judiciais e ataques cibernéticos, cujos casos aumentaram de 13 para 25.

O relatório também aponta os principais agressores, sendo em primeiro lugar políticos e seus assessores (24,31%), seguidos por manifestantes de extrema direita (16,02%).

A falta de assassínios de jornalistas em 2023 é motivo de celebração, de acordo com o relatório. Com o novo governo, espera-se que a liberdade de imprensa continue a ser defendida e respeitada em todo o país.

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