Na noite de quinta-feira (4), o padre Júlio Lancellotti participou de uma live no Instagram com o vereador de São Paulo, Thammy Miranda (PL-SP). Este encontro digital acontece enquanto a extrema direita em São Paulo intensifica sua perseguição ao clérigo. Essa perseguição culminou na implementação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) contra o padre, liderada pelo vereador Rubinho Nunes (União Brasil), que está programada para começar após o término do recesso parlamentar.
Thammy sofreu críticas durante o dia por ter assinado o pedido para abrir a CPI. A CPI tem o escopo duvidoso de criminalizar o trabalho do Padre Júlio com as populações vulneráveis de São Paulo, incluindo pessoas sem-teto e usuários de drogas. No entanto, Thammy afirmou que foi enganado por Rubinho Nunes. Ele disse que nunca teria assinado se soubesse que a investigação estava direcionada ao Padre Júlio.
Na live, Thammy afirmou: 'Quando eu assinei a CPI, em nenhum momento estava citado o nome do senhor, se tivessem me apresentado uma CPI para investigar o padre Júlio, eu jamais teria assinado'. Ele continuou, prometendo sua ajuda em todos os aspectos possíveis, inclusive oferecendo ajuda financeira.
O Padre Júlio agradeceu o apoio de Thammy e respondeu com uma declaração emocionante: 'A sua transparência e a sua gentiliza, eu agradeço muito. É muito importante, mesmo que nos joguem em posições falsas antagônicas. Nós somos capazes de romper essas barreiras...'. Padre Júlio é conhecido por suas ações destinadas a apoiar as pessoas sem-teto em São Paulo. Ele se dedica a essa causa há mais de três décadas através da oferta de refeições, kits de higiene, atenção, carinho e afeto a essas pessoas.
Apesar de suas ações benevolentes, Padre Júlio é atacado pela extrema direita brasileira. Esta semana, os vereadores na Câmara Municipal de São Paulo votaram para criar uma CPI contra o Padre Júlio Lancellotti. Rubinho Nunes (União), o proponente da medida, afirma que a CPI é para investigar as ONGs que atuam na Cracolândia e que supostamente estão usando dinheiro público para promover uma 'máfia da miséria'.
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