BOLSONARISMO BOLSONARO BRASIL CORRUPÇÃO CRIME ORGANIZADO DESTAQUES POLÍTICA SEGURANÇA PÚBLICA STF

Operação Tempus Veritatis: Aliados de Bolsonaro são investigados por suposta tentativa de golpe de Estado

A ação da Polícia Federal nesta quinta-feira aponta o general Heleno, Walter Braga Netto e Valdemar Costa Neto, conhecidos aliados de Bolsonaro, como principais alvos da operação.

Um grupo de aliados pertencentes ao antigo governo de Jair Bolsonaro (PL) está sob investigação da Polícia Federal, acusado de partícipação em uma tentativa de golpe de Estado. Entre os principais visados nesta quinta-feira (8) estão o ex-deputado Valdemar Costa Neto, o militar Walter Braga Netto e o general Augusto Heleno. O general Paulo Sérgio Nogueira, responsável pela pasta da Defesa, e Anderson Torres, antigo ministro da Justiça e Segurança Pública do governo Bolsonaro, também estão na lista de investigados.

De acordo com fontes confiáveis, as investigações visam apurar a existência de uma organização criminosa que agiu na tentativa de golpe de Estado para manter Bolsonaro no poder. A Operação Tempus Veritatis, como foi batizada a ação, inclui 33 mandados de busca e apreensão, quatro mandados de prisão preventiva e 48 medidas cautelares diversas da prisão, incluindo proibição de contato com outros investigados, proibição de saída do país e suspensão do exercício de funções públicas.

As ações estão sob comando do Supremo Tribunal Federal e estão sendo executadas em diversos estados, incluindo Amazonas, Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Ceará, Espírito Santo, Paraná, Goiás e o Distrito Federal. As investigações apontam para um suposto esquema organizado pelos aliados de Bolsonaro em que eram organizados ataques simulados para viabilizar uma intervenção militar.

A análise indica que o grupo político de Bolsonaro se dividiu em núcleos que adotaram estratégicas diferentes. Um deles atuava espalhando notícias falsas sobre fraudes nas eleições de 2022 que resultaram na vitória do Presidente Lula, semeando dúvidas sobre a confiabilidade do sistema eleitoral.

Um segundo núcleo do coletivo bolsonarista agia realizando atos violentos para dar apoio ao suposto golpe de Estado. Segundo a Polícia Federal, esse núcleo contava com a colaboração de militares com táticas especiais para atuar em situações politicamente sensíveis.

Os crimes apontados pelas investigações incluem a formação de organização criminosa, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e planejamento de golpe de Estado.

Deixe um Comentário!

Para comentar, faça Login, clicando aqui.