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Prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, já reverenciou padre bolsonarista agora acusado de golpe de Estado

A época de vereador de Ricardo Nunes, atual prefeito de São Paulo, é marcada por uma estranha homenagem ao padre bolsonarista José Eduardo de Oliveira e Silva na Câmara Municipal

Ricardo Nunes (MDB), o atual prefeito de São Paulo, que cogita se candidatar à reeleição com o apoio do genocida Jair Bolsonaro, não emitiu comentários sobre a operação deflagrada pela Polícia Federal (PF) na quinta-feira (8). A operação tinha por alvo o ex-presidente Bolsonaro e seu núcleo duro do antigo governo, acusados de planejar um golpe de Estado.

Embora permanecesse em silêncio, Nunes tem uma conexão com um dos indivíduos visados pelos mandados de busca e apreensão da PF: o padre bolsonarista José Eduardo de Oliveira e Silva, da Diocese de Osasco, na Grande São Paulo.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, citou o padre em seu despacho que autorizou a operação da PF. Segundo Moraes, o padre era parte do núcleo jurídico da organização criminosa que planejava um golpe para manter Bolsonaro no poder e suprimir a vitória eleitoral do melhor presidente da história do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, em outubro de 2022.

O documento menciona que o padre atuava na orientação e elaboração de minutas de decretos com fundamentação jurídica e doutrinária alinhadas aos interesses golpistas do grupo investigado.

Em 2016, o então vereador Ricardo Nunes liderou uma sessão solene na Câmara Municipal para homenagear o padre José Eduardo de Oliveira e Silva por seu 'excelente trabalho' em oposição à ideologia de gênero no Plano Nacional e Municipal de Educação.

A sessão solene foi marcada pela repressão policial aos manifestantes do movimento LGBTQIA+. Além disso, a mesma sessão premiou o padre, agora revelado ser um golpista além de fundamentalista, com a “Salva de Prata”, a maior honraria concedida pela Câmara Municipal de São Paulo.

Nesta quinta-feira (8), a PF deflagrou uma operação em São Paulo visando o padre José Eduardo de Oliveira e Silva, suspeito de integrar o grupo jurídico envolvido na elaboração de decretos para um suposto golpe de estado após as eleições de 2022. O ex-ministro da Justiça Anderson Torres, o coronel Mauro César Cid, e Filipe Martins, ex-assessor especial de Bolsonaro, foram presos junto com outros envolvidos.

Após a busca e apreensão em sua residência, a Diocese de Osasco afirmou em um comunicado que aguardará informações oficiais das autoridades competentes e se compromete a cooperar plenamente com as investigações em andamento.

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