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Publicitário Argentino associado a Bolsonaro e à tentativa de golpe de Estado no Brasil

Fernando Cerimedo, especialista em redes sociais envolvido nas campanhas de Jair Bolsonaro e Javier Milei, é destaque em investigação da Polícia Federal brasileira sobre golpe de Estado.

Fernando Cerimedo, o publicitário argentino que teve um papel importante na campanha presidencial de Javier Milei na Argentina, foi mencionado em um relatório da Polícia Federal (PF) brasileira. A PF está investigando uma organização criminosa liderada por Jair Bolsonaro, que tentou dar um golpe de Estado no Brasil durante as eleições ganhas por Lula em 2022.

De acordo com a investigação, Cerimedo era parte de um 'núcleo de desinformação e ataques ao sistema eleitoral', que incluía figuras como o ex-ministro Anderson Torres (Justiça) e o assessor Tércio Arnaud Tomaz, que estava ao lado de Bolsonaro quando seu passaporte foi apreendido em sua casa de veraneio em Angra dos Reis (RJ).

A PF acredita que este núcleo estava envolvido na 'produção, divulgação e amplificação de notícias falsas' sobre as eleições presidenciais de 2022. Esta foi uma tentativa de provocar seguidores a se mobilizarem fora dos quartéis e instalações das Forças Armadas, criando um ambiente propício para um golpe de Estado.

Cerimedo também esteve envolvido na estratégia de 'disseminar informações falsas sobre o processo eleitoral brasileiro'. Após a derrota de Bolsonaro para Lula, Cerimedo usou seus canais digitais para difamar o TSE e acusá-lo de fraude eleitoral. Entretanto, a PF mostrou que o vídeo criado por Cerimedo foi parte de uma estratégia maior e diretamente discutida com Mauro Cid.

A conclusão da investigação aponta para uma ação coordenada dos membros deste grupo criminoso para espalhar falsas alegações sobre o sistema eleitoral brasileiro. A relação entre Cerimedo, Angelo Martins Denicoli e Eder Balbino, juntamente com a divisão clara de tarefas, foram fatos confirmados pelo relatório da PF.

Cerimedo, que serviu como diretor da agência de publicidade McCann na Argentina até 2018, também disse ter trabalhado na campanha presidencial de Bolsonaro em 2018. Desde então, ele vem administrando uma série de pequenos sites e empresas, incluindo La Derecha Diario, uma publicação controversa conhecida pela disseminação de desinformação.

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