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Software israelense da Abin de Bolsonaro pode ser alvo de investigação em Israel

O famoso advogado Eitay Mack, ativista contra o governo de Israel, lidera um grupo solicitando uma investigação local sobre o software de espionagem FirstMile, da empresa Cognyte, que teria sido usado pela Abin de Bolsonaro em atividades de espionagem desautorizadas.

O conhecido advogado israelense Eitay Mack, que se opõe ao governo de seu país, solicitou à Procuradoria-Geral de Israel uma investigação sobre o software de espionagem FirstMile. Este software, desenvolvido pela empresa Cognyte, é alegadamente utilizado pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin), pertencente ao governo Bolsonaro, em escândalos de espionagem que agora envolvem Carlos Bolsonaro e o general Augusto Heleno.

O documento oficial que Mack apresentou inclui detalhes do uso do FirstMile pela organização supostamente criminosa dentro da Abin durante o governo Bolsonaro, com base em investigações da Polícia Federal do Brasil. O documento destaca o caso brasileiro, mas também inclui outros escândalos internacionais envolvendo a empresa Cognyte e pede uma investigação criminal sobre suas práticas.

Um dos principais escândalos citados envolve a venda do software FirstMile ao governo militar de Myanman, que recentemente passou por um golpe militar e um consequente banho de sangue civil. O governo de Israel estaria supostamente proibindo negócios com Myanman após a instauração da ditadura militar.

Sobre o caso brasileiro, o documento indica que os dados de aproximadamente 30 mil cidadãos brasileiros, supostamente espionados pelo software, foram armazenados em nuvens registradas em Israel. Essa prática justificaria a jurisdição israelense para investigar a empresa.

"Até 30 mil pessoas foram monitoradas sem autorização judicial, entre servidores públicos, jornalistas, juízes, desembargadores do Supremo Tribunal, advogados, políticos, um ex-governador de estado do Partido dos Trabalhadores, de esquerda, e policiais. A vigilância foi feita tanto com o propósito de prejudicar adversários políticos como com o propósito de corrupção e de perturbação de investigações criminais, inclusive em relação à família de Bolsonaro", afirma o documento.

O pedido principal é que a investigação criminal seja estendida, não apenas em relação à Cognyte, mas também aos funcionários dos ministérios da Defesa e Relações Exteriores de Israel, que podem ter aprovado as exportações para o Brasil. Além disso, pede-se a proibição do uso do software FirstMile, a apreensão imediata de documentos relacionados ao caso e a prisão dos envolvidos. A petição foi assinada por figuras importantes, incluindo o ex-presidente do Parlamento israelense, Avrum Burg.

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