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Uruguaio desvenda esquema de apostas que movimenta R$ 15 bi da fronteira com Brasil

Investigações apontam que o empresário teria lucrado até R$ 620 milhões, colaborando com indivíduos localizados no Brasil, Argentina e Espanha

A Polícia Federal (PF) lançou hoje a Operação SYMBOLIC com o objetivo de investigar e conter as atividades de um empresário brasileiro radicado em Montevidéu, Uruguai. Este indivíduo é suspeito de liderar um conjunto de empresas sediadas na cidade de Santana do Livramento, que teriam movimentado cerca de R$ 15 bilhões entre 2019 e 2023. As ações desse grupo possivelmente envolvem crimes de lavagem de dinheiro, evasão de divisas e fraudes cambiais, além da mediação de pagamentos para sítios de apostas e investimento estrangeiros.

O conglomerado de empresas está sob o foco das autoridades por sua atuação na mediação de pagamentos para casas de apostas e plataformas de investimento no exterior. Para efetuar o envio de dinheiro ao exterior e a lavagem de dinheiro, o suspeito colaborava com indivíduos baseados no Brasil, Argentina e Espanha.

O principal método de envio de dinheiro para o exterior era através do mercado de criptomoedas. O grupo possuía um fundo estrangeiro que era responsável por realizar os pagamentos externos. Simultaneamente, eles se beneficiavam de uma casa de câmbio de criptomoedas para enviar valores ao exterior de maneira totalmente informal.

Para dar uma aparência de legalidade às atividades ilícitas, a organização usava o mercado de câmbio formal para documentar o envio do dinheiro ao exterior. Há também uma investigação em andamento sobre a possível participação de uma corretora e um banco de câmbio nessa conduta criminosa by PF.

A Polícia Federal também alega que foram usadas empresas não diretamente vinculadas à organização para mover parte dos recursos de forma a fraudar os sistemas de controle e conformidade dos bancos. A suspeita é que essas ferramentas financeiras estavam sendo usadas para lavagem de dinheiro de pessoas envolvidas em crimes como estelionato eletrônico e tráfico de drogas.

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