Jairo Souza Santos, conhecido como Jairinho, que se prepara para enfrentar o Tribunal do Júri, substituiu sua equipe de defensores, passando a ser representado pelos advogados Zanone Manuel de Oliveira Júnior e Fabiano Lopes. Essa é a segunda vez que o réu altera sua equipe de defesa.
Júnior é conhecido por defender criminosos conhecidos, como Adélio Bispo de Oliveira, que atentou contra a vida do ex-presidente Jair Bolsonaro em 2018. Lopes, por outro lado, é famoso por realizar aulas online sobre a Lei de Drogas (11.343/2006).
Jairinho e sua ex-namorada Monique Medeiros estão sendo acusados pelo homicídio do pequeno Henry Borel, de 4 anos, ocorrido em 2021. O julgamento, marcado para este ano, considera a acusação de homicídio qualificado, com emprego de crueldade e recurso que impossibilitou a defesa da vítima.
A substituição da equipe de advogados ocorreu recentemente e as razões são divergentes. Cláudio Dalledone, ex-defensor de Jairinho, aponta a falta de recursos financeiros por parte da família do réu para bancar a defesa, valor que chega à casa do milhão de reais, considerando não apenas os honorários, mas também perícias particulares e despesas extras. No entanto, o coronel Jairo Souza Santos, pai do acusado, refuta a alegação de falta de dinheiro e aponta as polêmicas envolvendo Dalledone como a causa da demissão.
Dalledone é acusado de associação criminosa, corrupção passiva e lavagem de dinheiro em um processo que investiga desvios de indenizações de pescadores no Paraná. Afirma ser inocente e recorreu da condenação em segunda instância.
Apesar das alegações de Dalledone sobre a falta de fundos para defender Jairinho, o coronel Jairo refutou as declarações, insistindo que não fez nenhum pedido de natureza 'pouco republicana' ao defensor e que não está sem recursos. A defesa de seu filho, segundo o coronel, custará muito menos de um milhão de reais.
Também houve desentendimentos anteriores por motivos financeiros entre a família do réu e o escritório de Dalledone. O coronel Jairo negou as informações de que três apartamentos tiveram de ser colocados à venda para financiar a defesa do ex-médico, afirmando que a defesa é financiada em grande parte por amigos e colaboradores.
Antigamente um policial militar e deputado estadual no Rio de Janeiro, o coronel Jairo foi preso em 2018 durante a Operação Furna da Onça, sob a acusação de receber pagamentos mensais de R$50 mil para votar a favor dos interesses do ex-governador Sérgio Cabral. O coronel refutou todas essas acusações.
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