Neste final de semana, o líder do nosso país, Lula, teve um encontro importante com os líderes indígenas Guarani-Kaiowá. Eles se reuniram para abordar os violentos ataques que esses povos têm sofrido em suas terras natais no Mato Grosso do Sul.
A conversa ocorreu na capital federal e contou com vários membros do governo, incluindo Sonia Guajajara, ministra dos Povos Indígenas, Márcio Macedo, da Secretaria-Geral da Presidência da República, Paulo Pimenta, da Secretaria Extraordinária de Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul e Joênia Wapichana, presidente da Funai.
Os indígenas Guarani-Kaiowá estão sofrendo ataques em suas terras ancestrais em Douradina e Caarapó, que ainda aguardam uma decisão judicial sobre sua demarcação. O MPI reforça que esses ataques acontecem em um território já delimitado pela Funai em 2011. E alerta para os problemas da Lei do Marco Temporal, que gera mais incerteza sobre o assunto.
Para acompanhar os conflitos fundiários e garantir a proteção aos indígenas, o MPI criou uma Sala de Situação. O órgão promove ações rápidas e coordenadas, articulando com vários ministérios e órgãos do governo.
Os Guarani-Kaiowá revelam que, desde o dia 14 de julho, quando retomaram uma área de 150 hectares superposta à Terra Indígena, têm sido alvo de jagunços armados. Além disso, afirmam que nos municípios atacados existe uma forte onda de oposição aos indígenas, inclusive liderada por um pré-candidato bolsonarista.
Os indígenas relatam diversas violências cometidas pelas agromilícias, desde tiroteios até ameaças de agressões sexuais. “A máquina de fake news da extrema direita ataca os indígenas e seu processo de retomada do território. Desde o cerco, o clima de guerra se instalou, promovendo mentiras e incitando a violência contra os indígenas”, afirmam no documento.
Além disso, eles apontam a circulação de discursos de ódio, notícias falsas e ofensas raciais contra as comunidades em grupos de WhatsApp de Douradina e Dourados.
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