Após conversa com o presidente Lula (PT), Donald Trump voltou atrás e retirou a tarifa de importação de 40% sobre uma série de produtos brasileiros. Em comunicado oficial, a Casa Branca divulgou uma lista com centenas de itens que ficam fora do tarifaço.

A lista inclui carne bovina, café, açaí, cacau e outros produtos agrícolas. Ao todo, são 249 itens adicionados às exceções, com efeito para mercadorias que entraram nos Estados Unidos a partir de 13 de novembro.
Além disso, alguns fertilizantes, minérios e óleos minerais também foram excluídos da cobrança extra.
Peças de aviação também fazem parte do conjunto de produtos beneficiados.
"Especificamente, determinei que certos produtos agrícolas não estarão sujeitos à alíquota adicional de imposto ad valorem imposta pelo Decreto Executivo 14323", escreveu Donald Trump na decisão.
"Na medida em que a implementação desta ordem exigir o reembolso dos direitos aduaneiros cobrados, os reembolsos serão processados de acordo com a legislação aplicável e os procedimentos padrão da Alfândega e Proteção de Fronteiras dos EUA para tais reembolsos", acrescentou o presidente estadunidense.
Na semana anterior, o governo Trump já havia diminuído tarifas de cerca de 200 produtos alimentícios, incluindo café, carne, açaí e manga. Para o Brasil, as taxas tinham sido reduzidas de 50% para 40%.
Desta vez, a determinação se aplica somente ao Brasil. Trump citou a conversa que manteve com Lula no início de outubro e indicou que a retirada das tarifas resulta das negociações em curso entre os dois governos.
"Em 6 de outubro de 2025, participei de uma conversa telefônica com o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, durante a qual concordamos em iniciar negociações para abordar as preocupações identificadas no Decreto Executivo 14323. Essas negociações estão em andamento", destacou Trump.
"Também recebi informações e recomendações adicionais de diversos funcionários [...] em sua opinião, certas importações agrícolas do Brasil não deveriam mais estar sujeitas à alíquota adicional [...] porque, entre outras considerações relevantes, houve progresso inicial nas negociações com o Governo do Brasil", acrescentou.

