O presidente Luiz Inácio Lula da Silva detalhou nesta quarta-feira a conversa por telefone com Donald Trump e fez elogios ao norte-americano. Lula voltou a falar da "química" entre ambos e exaltou a relação entre os países. "Eu posso dizer que, toda vez que eu converso com o Trump, eu me surpreendo", disse.
Ele classificou a conversa como "extraordinária" e destacou a diferença entre a imagem pública e a interlocução privada com o presidente dos EUA. "Eu posso dizer que, toda vez que eu converso com o Trump, eu me surpreendo. Porque, muitas vezes, você vê o Trump na televisão, muito nervoso. E, de repente, na conversa pessoal ele é outra pessoa. Eu fiz questão de dizer para ele, temos dois Trump: o Trump da televisão, e o Trump da conversa pessoal", afirmou em entrevista.
Segundo o Palácio do Planalto, os chefes de Estado trataram das negociações para revogar tarifas extras aplicadas pelos EUA a produtos brasileiros e de ações de combate ao crime organizado, em meio a tensão crescente entre EUA e Venezuela. O telefonema teria durado 40 minutos.
Depois de um breve encontro em Nova York, Trump disse ter havido uma "química" entre ele e Lula. Em seguida, veio um primeiro telefonema e uma reunião oficial em Kuala Lumpur, em outubro. No fim de novembro, o governo americano anunciou a retirada da tarifa de 40% de parte dos produtos brasileiros.
Nesta quarta, Lula reforçou o otimismo e afirmou que a "química" "rolou de verdade". "Acho que vai ser uma relação boa. Pode estar certo que estou convencido que a química entre nós rolou de verdade e o Brasil vai ganhar, os EUA vai ganhar. Porque são as duas maiores economias do Ocidente. Nós estamos muito bem. [São] 200 anos de relações diplomáticas. Não há por que ter divergência entre Brasil e Estados Unidos."

