A Boeing fechou um acordo em um dos dois processos sobre o acidente do 737 MAX de 2019, que deixou 157 mortos. O caso, em Chicago, seria o primeiro julgamento civil ligado ao voo da Ethiopian Airlines e estava previsto para começar após a seleção do júri.
As declarações iniciais foram adiadas depois que o advogado dos demandantes, Robert Clifford, informou que um de seus clientes chegou a um entendimento com a fabricante. O valor do acerto não foi revelado.
"Nossos clientes estão muito gratos ao tribunal por permitir que eles utilizassem seus recursos para obter a justiça que buscavam", disse Clifford, acrescentando que o montante permanece confidencial.
Os autores do acordo são parentes de Mercy Ndivo, uma queniana de 28 anos que morreu no desastre junto com o marido. O pai dela, Frederick Ndivo, dirigiu-se ao juiz federal Jorge Alonso para agradecer.
"Estamos muito gratos", disse Ndivo no tribunal. "Esperamos que o sistema jurídico dos Estados Unidos continue a defender os direitos das pessoas [...] o direito à vida, à liberdade e à busca da felicidade."
O acidente ocorreu em 10 de março de 2019, seis minutos após a decolagem de Addis Abeba rumo a Nairóbi. Entre abril de 2019 e março de 2021, famílias de 155 vítimas ingressaram com ações judiciais.
O litígio se concentra em como calcular os danos monetários que a Boeing deve pagar aos demandantes.
Segue no tribunal um caso envolvendo a família de Shikha Garg, de 36 anos, de Nova Deli. Ela viajava para Nairóbi para uma assembleia ambiental da ONU.
Com o acordo anunciado, o início do julgamento foi postergado, mas o processo restante continua seu curso em Chicago.
As próximas etapas devem definir prazos e a forma de apresentação de provas sobre a extensão das indenizações.
