Os casos graves de gripe voltaram a crescer no Sudeste e já começam a se espalhar para a Bahia. Segundo a atualização mais recente do Infogripe, São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo registram aumento de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) causada pelo vírus influenza A.
O boletim reúne dados de 26 de outubro a 1º de novembro (semana epidemiológica 44), a partir dos registros do Sivep-Gripe, do Ministério da Saúde. A análise destaca: "A influenza A continua sendo a principal causa de SRAG entre jovens e adultos de 15 a 49 anos e uma das principais causas de hospitalização por SRAG entre os idosos, junto com a covid-19".
No recorte nacional do último mês, os vírus com maior participação em casos graves foram rinovírus (37,8%), influenza A (24,8%), o SARS-CoV-2, causador da covid-19 (14,4%), vírus sincicial respiratório (VSR) (6,4%) e influenza B (1,3%).
Desde o início do ano, entre os casos de SRAG com confirmação laboratorial, o VSR lidera (40,1%), seguido por rinovírus (28,2%), influenza A (23,2%), o vírus da covid-19 (8,2%) e influenza B (1,2%).
Nas mortes, a influenza A é a principal responsável (49,4%). Depois aparecem o vírus da covid-19 (23,4%), rinovírus (14,4%), VSR (11,6%) e influenza B (1,8%).
Diante do avanço da gripe, a recomendação é reforçar a vacinação. A dose trivalente contra influenza, que protege contra duas cepas de A e uma de B, está disponível gratuitamente no SUS.
Todos os anos, há campanhas voltadas a idosos, gestantes e crianças de 6 meses a menores de 6 anos. A versão tetravalente, que cobre quatro cepas, é ofertada na rede privada.
Em relação ao VSR, o Ministério da Saúde anunciou em setembro a produção da vacina no Brasil, por meio de parceria de transferência de tecnologia entre o Instituto Butantan e a Pfizer. Estão previstas 1,8 milhão de doses até o fim do ano, e a vacinação de gestantes deve começar na segunda quinzena deste mês.
Embora a emergência global da covid-19 tenha sido encerrada, o vírus segue em circulação. Pessoas com doenças crônicas, idosos, gestantes e puérperas, crianças entre 6 meses e menores de 5 anos, imunossuprimidos e pessoas com deficiências permanentes devem manter a caderneta de vacinação atualizada.
Para reduzir o risco de infecções respiratórias, recomenda-se lavar as mãos com frequência, evitar contato próximo quando houver sintomas gripais e usar máscara em locais com aglomeração.
