As igrejas seguem como a instituição mais confiável para os brasileiros, enquanto partidos políticos e os Três Poderes registram os menores percentuais. Os dados são da nova edição da pesquisa "A Cara da Democracia", que também indica que o país está dividido quanto à satisfação com a democracia.
O estudo registra que metade dos eleitores mais polarizados acredita em fake news sobre a facada em Bolsonaro e sobre suposta fraude em 2022. Em paralelo, após a condenação de Bolsonaro, a rejeição a lideranças da direita subiu, e a de Lula ficou estável.
O ranking de confiança nas instituições é medido desde 2018 e, neste ano, apresentou variações dentro da margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou para menos em relação a 2024.
No topo, estão as igrejas: 77% dos entrevistados demonstraram algum grau de confiança nelas. Desse grupo, 36% disseram "confiar muito", 27% "confiar mais ou menos" e 14% "confiar pouco". Outros 22% afirmaram não confiar.
A Polícia Militar aparece em segundo lugar, com 76% de confiança e 23% de desconfiança.
Forças Armadas e Justiça Eleitoral vêm na sequência, empatadas com 72% de algum grau de confiança e 27% de desconfiança. Os partidos políticos seguem como as instituições menos confiáveis, com 53,3% de confiança. Depois aparecem Congresso Nacional (62%), Presidência da República (63%) e Supremo Tribunal Federal (63%). Nesse cenário, a estabilidade na avaliação de Lula contrasta com o desgaste da direita após a condenação de Bolsonaro.
Sobre a democracia, 43% disseram estar satisfeitos — 4% "muito satisfeitos" e 39% "satisfeitos". Outros 43% se declararam insatisfeitos, e 5% não souberam ou não quiseram responder.
Foram ouvidos 2.510 eleitores presencialmente entre 17 e 26 de outubro. O levantamento não captou os efeitos da megaoperação de 28 de outubro no Rio, que deixou 121 mortos, e tem nível de confiança de 95%.

