Em Belém, o presidente Lula (PT) afirmou ter esperança de convencer o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre a seriedade da "questão climática e do desenvolvimento verde", antes de retornar a Brasília.

O otimismo, explicou, vem dos resultados da COP30 na capital paraense. Trump não compareceu à conferência e tampouco enviou representantes.
"Estou tão feliz que eu sonho um dia em acabar com a guerra na Rússia e na Ucrânia, que já não existe mais razão dessa guerra continuar. Estou tão feliz que saio daqui para ir a Brasília certo de que os meus negociadores vão fazer o melhor resultado que uma COP já pôde oferecer ao planeta Terra", disse.
Em pronunciamento, Lula defendeu maior contribuição de países ricos e de grandes corporações na transição energética, propondo transformar parte da dívida de países pobres em investimento climático. Ele também ressaltou o impacto de realizar a COP na Amazônia e o fortalecimento da presença da sociedade civil nos debates.
O presidente destacou a participação recorde de 3.500 indígenas, além de movimentos sociais, juventude, mulheres e empresariado. "Isso aqui fez uma COP melhor do que Copenhagen, Dubai, Paris, Londres, do que a COP de qualquer lugar. Aqui, o povo foi mais povo", afirmou.
Lula esteve em Belém nos primeiros dias da conferência e retornou nesta quarta-feira para contribuir em temas de difícil consenso – como financiamento climático, a lacuna das metas apresentadas, medidas unilaterais de comércio e relatórios de transparência.
Na reta final, sua presença também buscou aparar arestas em torno do mapa para o fim dos combustíveis fósseis, defendido nos discursos. O presidente passou o dia reunido com representantes de blocos como União Europeia, Grupo Africano e Grupo Árabe, além de integrantes de movimentos da sociedade civil.

