A resistência à candidatura do vereador Carlos Bolsonaro, no cargo há mais de uma década no Rio de Janeiro, ao Senado por Santa Catarina cresceu. O pastor Silas Malafaia, aliado histórico do clã, criticou a ideia e sinalizou afastamento do projeto do "03".
Em vídeo que circula nas redes sociais, Malafaia colocou em dúvida a estratégia de deslocar o vereador para disputar uma vaga catarinense no Senado.
"Não sei se estrategicamente, politicamente, não sei, sinceramente não sei dizer pra você se é uma boa levar o Carlos [Bolsonaro] para ser candidato a senador por Santa Catarina", disse.
Ele reforçou o ceticismo: "Não vislumbro que seja uma coisa muito boa. Gosto do Carlos, é meu amigo [...] é um ponto de vista meu, tem que me convencer, não sei se isso é uma boa, tenho minhas dúvidas".
A movimentação do filho do ex-presidente abriu conflito interno em Santa Catarina, por atingir diretamente nomes locais já posicionados para 2026, como a deputada Carol De Toni (PL-SC) e o senador Espiridião Amin (PP-SC), que busca a reeleição.
Nos bastidores, um grupo do agronegócio estaria ajustando detalhes e aguardando o aval de Jair Bolsonaro para que Carlos seja lançado candidato em outra unidade da federação, no Norte do país.
"Temos de pensar na floresta, não só na árvore sobre as eleições de 2026. Nesse sentido, precisamos de Carlos Bolsonaro no Norte do País, onde Bolsonaro venceu as últimas eleições e não tem liderança para disputar o Senado, ao contrário de Santa Catarina em que já tem a De Toni e o Amin consolidados", disse uma fonte do setor.
"Roraima, Bolsonaro fez 70% dos votos, mas quem preside o partido dança mais a música do Romero Jucá que dá direita, e no Amapá, Carlos pode tirar uma cadeira da esquerda, de Randolfe Rodrigues ou do isentao Alcolumbre, candidatos a reeleição ano que vem. E, assim, visto o Senado sob a perspectiva de 81 nomes termos ao final a maioria absoluta que tanto desejamos", acrescentou essa fonte.
