O réu do 8 de Janeiro de 2023, Symon Filipe de Castro Albino, que interrompeu um evento na Argentina com o ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes na quinta-feira 6, já havia tentado afastar o ministro Alexandre de Moraes do julgamento, sem sucesso.
No início de 2024, Albino apresentou uma arguição de impedimento contra Moraes, alegando que o magistrado teria demonstrado parcialidade em manifestações públicas sobre os atos golpistas.
O ministro Luís Roberto Barroso, então presidente do STF, rejeitou a solicitação em 20 de fevereiro de 2024. "Não foram apresentados elementos que comprovem situação excepcional ou gravidade suficiente para justificar o acolhimento do pedido", afirmou.
Albino interrompeu o Fórum de Buenos Aires no momento em que estavam à mesa Gilmar Mendes, o banqueiro André Esteves e o ex-presidente da Colômbia Iván Duque.
Da plateia, o réu disse a Gilmar não ter cometido qualquer crime no dia da depredação das sedes dos Três Poderes e afirmou não ver seus filhos há três anos. Declarou também ser um "refugiado na Argentina".
No discurso não solicitado, ele chegou a elogiar Gilmar e criticou Moraes. A transmissão oficial do evento cortou a maior parte da intervenção.
A Primeira Turma do STF julgará a ação penal contra Symon Albino entre 14 e 25 de novembro, no plenário virtual.
O réu responde pelos crimes de associação criminosa armada, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.

