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Indígenas são expulsos de praça na Argentina após Milei interditar bloqueio de ruas

Waldo Wolff, secretário de Segurança de Buenos Aires, está determinado a manter a ordem no espaço público.

Neste sábado (16), a polícia de Buenos Aires tomou medidas para acabar com um acampamento do movimento indígena Terceiro Malón de la Paz instalado na praça Lavalle nos últimos quatro meses. O fato acontece no mesmo dia em que o movimento havia programado sua saída e dois dias após o governo de Javier Milei anunciar que as Forças Armadas interviriam em protestos que bloqueavam as vias públicas na Argentina.

As informações foram divulgadas pelo jornal Clarín e estão presentes nas redes sociais do movimento indígena. O motivo da manifestação do grupo, que veio de Jujuy, foi exigir uma investigação sobre a aprovação recente da nova constituição na província, acreditando ter sido aprovada em um contexto de opressão.

Ainda assim, mesmo com a intenção de partir, o grupo indígena foi violentamente recebido pela polícia que os desalojou do local público, conforme afirmado em sua conta no Instagram.

Conforme o Clarín, Waldo Wolff, secretário de Segurança de Buenos Aires, declarou estar trabalhando muito para restaurar a ordem no espaço público.

O protocolo para a manutenção da ordem pública foi divulgado na última quinta-feira (14) pela ministra da Segurança da Argentina, Patricia Bullrich, 'por ordem do presidente'.

Como ferramenta de manifestação, o fechamento de vias é uma prática frequentemente adotada no país pelos 'piqueteiros'. Nesse sentido, o recém-anunciado protocolo que recorre às quatro forças de segurança federais (Exército, Força Aérea, Marinha e Serviço Penitenciário) para intervir em possíveis bloqueios de rua, totais ou parciais, parece ser um aviso direto a eles.

Ao mesmo tempo, a Argentina se prepara para enfrentar uma série de medidas econômicas rígidas que buscam controlar a inflação atual, que chegou a 161% ao ano em novembro. Com a projeção de um aumento no número de manifestações devido a cortes em cargos públicos e subsídios, um grande ato já foi organizado por sindicatos e organizações sociais para a próxima quarta-feira (20).

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