O relator do PL Antifacção no Senado, Alessandro Vieira (MDB-SE), defendeu a manutenção integral dos recursos destinados às forças policiais após a aprovação do projeto na Câmara dos Deputados. "A segurança pública no Brasil precisa de mais dinheiro, não de menos", afirmou em entrevista.
Com tramitação acelerada, o projeto passará por ajustes técnicos no Senado. Uma das mudanças em discussão mira o tipo penal que trata do apoio a integrantes de facções criminosas, para reduzir brechas e dar mais clareza jurídica.
Entre as emendas avaliadas, a proposta do deputado Pastor Henrique (PSOL-RJ) busca criar exceções para casos em que moradores de comunidades são coagidos por criminosos. Vieira destacou que há situações em que pessoas são forçadas, sob ameaça, a guardar drogas ou esconder integrantes de facções.
Segundo o relator, o financiamento da Polícia Federal é ponto consensual no Senado. "Os ajustes necessários são tecnicamente simples de resolver, uma vez que não envolvem valores bilionários", afirmou.
As modificações pretendem aperfeiçoar o texto sem reduzir a eficácia do combate às organizações criminosas, mantendo o equilíbrio entre a repressão ao crime organizado e a proteção de cidadãos em situação de vulnerabilidade.

