Tim Martin, ativista ambiental que manchou de tinta o vidro da escultura Pequena Dançarina de Catorze Anos de Edgard Degas, na Galeria Nacional de Arte, em Washington, nos Estados Unidos, foi condenado a 18 meses de prisão. Em 2023, no dia do ataque, ele agiu com a ativista Joanna Smith, que recebeu pena de 2 meses de prisão após acordo judicial. Os dois terão de pagar mais de 4 000 dólares para reparação da estrutura danificada por tinta vermelha e preta. Martin foi acusado de conspirar para cometer um crime contra os Estados Unidos e pela danificação da obra de arte.
A defesa de Martin alegou que ele não pretendia destruir a escultura. Ambos integravam a Declare Emergency, que se define como uma organização de "ação climática resoluta e não-violenta". Segundo o site oficial da organização, o objetivo é fazer com que o atual presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, "realize uma conferência de imprensa, declare formalmente estado de emergência climática e comece a utilizar plenamente a sua autoridade executiva para salvar este país do colapso".
Em comunicado no site e no Instagram da organização, eles afirmam: "Continuaremos a fornecer apoio vital aos nossos colegas ativistas que enfrentam o sistema jurídico, incluindo Tim Martin, Kroegeor Greene, Donald Zepeda, Will Regan e muitos outros que fizeram sacrifícios significativos em nome do nosso futuro comum".
A tática de danificar obras de arte para chamar atenção sobre questões climáticas não é nova. Em 2022, diversos museus ao redor do mundo sofreram ataques de ativistas, incluindo um Van Gogh atingido por sopa de tomate, um Monet lambuzado com purê de batata e um Andy Warhol rabiscado.
