A CPI do Crime Organizado será instalada nesta 3ª feira (4.nov.2025) no Senado para apurar o avanço de facções e milícias, o possível envolvimento de agentes públicos e falhas nas políticas de segurança. O colegiado terá 11 integrantes titulares e prazo de 120 dias.
Entre os opositores ao governo Luiz Inácio Lula da Silva, estarão na comissão Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, e Marcio Bittar (PL-AC).
Outros nomes da oposição se mobilizaram para integrar o grupo. O senador Marcos do Val (Podemos-ES) interrompeu a licença médica para assumir como titular. O mesmo fez Magno Malta (PL-ES).
Sem ligação clara com oposição ou governo, Alessandro Vieira (MDB-SE), autor do pedido de CPI, deve ser nomeado relator.
Pelo lado governista, o PT indicou como titulares Rogério Carvalho (SE) e Fabiano Contarato (ES). O líder do governo, Jaques Wagner (BA), está na suplência. Também integrarão o grupo senadores próximos ao governo, como Otto Alencar (PSD-BA), Jorge Kajuru (PSB-GO) e Angelo Coronel (PSD-BA).
A megaoperação realizada no Rio em 28 de outubro, com saldo de 121 mortos, deve conduzir parte dos debates, assim como propostas apresentadas pelo governo Lula para enfrentar o crime organizado, como o PL Antifacção e a PEC da Segurança Pública. A presença de aliados do bolsonarismo na CPI contrasta com a agenda do governo, que busca fortalecer a política de segurança com medidas legais.
